Século XVIII
No início do século o inglês Henrique Tompsen, instala uma manufactura de curtumes na localidade das Gaeiras, aproveitando as boas condições existentes na região, quer em termos de fornecimento de casca de carvalhos, da qual se extraia o tanino, componente essencial para o processo de curtume; quer aproveitando os diversos cursos e nascentes de água existentes na localidade, que permitia as diversas fases de lavagens e apuramentos do complexo processo de curtume das peles.
Beneficiado António da Silva e Faria – 1º Mestre de Cerimónias da Patriarcal, depois de servir El-Rei D. João V, regressa à Quinta de Nossa Sra. Da Ajuda nas Gaeiras, e aí instituiu uma Casa-Pia (que viria a servir de hospital na altura das guerras peninsulares) acolhendo os mais desfavorecidos e recrutando um mestre para os meninos e uma mestra para as meninas para o ensino da leitura.
Em 1780, António Gomes da Silva Pinheiro adquire a propriedade que viria a chamar-se Quinta das Gaeiras, recuperando e ampliando uma Fábrica de Curtumes aí existente. Mais tarde, com a chegada das tropas napoleónicas, é intimado a albergar militares franceses, tanto no Hospital Real das Caldas da Rainha (no qual desempenhava as funções de médico e provedor), como no Hospital Militar das Gaeiras (Quinta das Gaeiras). O qual viria a funcionar como hospital de campanha de finais do século XVIII até meados do século XIX.