Tauromaquia
Desde o segundo quartel do XIX que surgiram na região oeste nomeadamente com maior tradição nas Caldas condições para que ao longo dos anos a festa brava fosse criando raízes.
Granadeiros, cavaleiros e forcados foram moldando a história de uma região que preserva a mais antiga data de corrida de toiros do país: o 15 de Agosto nas Caldas da Rainha realiza-se consecutivamente desde 1883.
De entre figuras de renome que marcaram a história da tauromaquia nacional, como Faustino da Gama, Vitorino Froes, Joaquim Alves, José Tanguenho, foram igualmente surgindo forcados que nas décadas de 40 e 50 já se reuniam para envergar a jaqueta das ramagens defendendo o nome das Caldas da Rainha. Eram sugestivamente conhecidos como os “louça fina”. Contudo, o nome maior da tauromaquia da região foi Faustino Luz da Gama.
O Rei D. Carlos era frequentador da Quinta das Janelas nas Gaeiras. Esta quinta, naquele tempo tinha gado bravo que anunciava em nome de Faustino da Gama. O gado que então pastava na várzea da rainha era de sangue Murube (casta Vistermosa) pois foi Luís Xavier da Gama que o trouxe para Portugal sendo vendido a Alípio Tabernero em 1911.
O gado do ganadeiro Vitorino Fróis foi para o ganadeiro caldense Neto Rebelo e deste para Faustino da Gama (o segundo).
Em 1955, Ernesto Louro Fernandes de Castro de Elvas fundou a sua própria ganadaria, com vacas Soler e sementais de Oliveiras Irmãos, após a extinção do efectivo bravo que possuía com o irmão. Em 1964 a ganadaria Fernandes de Castro, adquire o direito ao ferro de Faustino da Gama, entrando para a "Union de Criadores de Toros de Lidia".
